Amar ou odiar
Ou tudo ou nada
Ou tudo ou nada
O meio termo é que não pode ser
A alma tem de estar sobressaltada
Para o nosso barro sentir; viver
Não é uma Cruz a que não for pesada
Metade de um prazer, não é um prazer!
E quem quiser a vida sossegada
Fuja da vida e deixe-se morrer!
Vive-se tanto mais quanto se sente
Todo o valor está no que sofremos
Que nenhum homem seja indiferente
Amemos muito como odiamos já!
A verdade está sempre nos extremos
Porque é no sentimento que ela está.
Poema de Fausto Guedes Teixeira (interpretado por João Villaret)
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