terça-feira, 28 de abril de 2009

COVADONGA E PELÁGIO


A Batalha de Covadonga foi a primeira grande vitória das forças militares Cristãs na Hispânia a seguir à Invasão árabe em 711. Uma década depois, provavelmente no verão de 722, a vitória de Covadonga assegurou a sobrevivência da soberania Cristã no Norte da Península Ibérica, e é considerada por muitos autores como o ínicio da Reconquista.



Pelágio, Rei das Astúrias





Sete anos depois da invasão árabe na Hispânia, Pelágio das Astúrias, um nobre descendente dos monarcas visigodos, conseguiu expulsar um governador provincial, Munuza, desta mesma região situada a noroeste da Península. Conseguindo manter o território contra inúmeras investidas dos árabes para o recuperar, depressa estabeleceu o Reino das Astúrias, o qual se viria a transformar na primeira região de soberania cristã contra a expansão islâmica. Pelágio, embora incapaz de conter os Muçulmanos em muitas situações, sobrevivia e dinamizava o movimento para a Reconquista.
Contudo em Covadonga, Pelágio foi vitorioso, levando as populações das vilas asturianas a surgirem em armas, matando centenas de mouros. Munuza, reconhecendo a derrota, bateu em retirada organizando outra força e reunindo os sobreviventes de Covadonga.

Mais tarde perto de Proaza, o confronto com Pelágio e o seu exército, saldar-se-ia em nova vitória para Pelágio e na morte de Munuza na batalha.

domingo, 26 de abril de 2009

A FRIVOLIDADE DA VIDA




Quando reflectimos sobre a brevidade e a incerteza da vida, quão desprezíveis parecem todos os nossos anseios de felicidade? E, mesmo que estendêssemos a nossa atenção para além da nossa própria vida, quão frívolos parecem os nossos projectos mais vastos e generosos quando consideramos as mudanças e revoluções incessantes nos assuntos humanos, por meio das quais as leis e a cultura, os livros e os governos são postos de lado apressadamente pelo tempo, como por uma correnteza ligeira, e se perdem no imenso oceano da matéria?


Tal reflexão seguramente tende a mortificar todas as nossas paixões. Não ajuda ela, porém, a desse modo contrabalançar o artifício da natureza que felizmente nos leva ao engano de acreditar que a vida humana tem alguma importância? E não poderia tal reflexão ser empregada com sucesso por pensadores voluptuosos, com o intuito de nos afastar dos caminhos da acção e da virtude rumo aos campos floridos da indolência e do prazer?



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David Hume, in 'Ensaios: O Céptico'

quarta-feira, 22 de abril de 2009

REALIDADE


Fomos longe demais, para voltar
Aos antigos canteiros onde há rosas.
Em nós, o ouvido, quase e, quase, o olhar
Buscam nas cores vozes misteriosas...
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Mas o mistério é flor da juventude.
Não rima com poemas desumanos.
A idade — a nossa idade! — nunca ilude.
Só uma vez é que se tem vinte anos.
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Quebrámos todos, todos os espelhos
E o sol que, neles, está hoje posto
Já não reflecte os lábios tão vermelhos
Que nos iluminam, sempre, o rosto.
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Realidade? Há uma: apenas esta!
— Somos espectros na cidade em festa.
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Pedro Homem de Mello, in "Eu Desci aos Infernos"

terça-feira, 21 de abril de 2009

WHO AM I ???

A minha foto
Wait until the war is over And we're both a little older The unknown soldier