segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Inconstância das Nossas Acções



"O nosso procedimento habitual é seguir as inclinações do nosso desejo, para a esquerda, para a direita, para cima e para baixo, para onde quer que nos empurrem os ventos das circunstâncias. Não pensamos no que queremos senão no instante em que o queremos, e mudamos como o animal que adquire a cor do local onde o pousam. O que agora mesmo acabámos de projectar, em breve o viremos a alterar, e, pouco mais tarde, voltaremos sobre os nossos passos: tudo não é senão oscilação e inconstância."


Michel de Montaigne, in 'Ensaios - Da Inconstância das Nossas Acções'

domingo, 30 de agosto de 2009

A Ordem do Dragão

Ordem do Dragão
Sacro Imperador Romano Sigismundo

A Ordem do Dragão (Drachenorden, em alemão; Societas Draconistrarum, em latim) foi formalmente criada no ano de 1418 por édito do Sacro Imperador Romano Sigismundo, e da sua segunda esposa Barbara Cilli após o concílio de Constance, com o principal intuito de defender a Igreja contra os hereges, em especial os Hussitas. O símbolo da Ordem do Dragão representa a destruição da Heresia (imagem de um Dragão circular com sua cauda enrolada em torno de seu pescoço), tendo a Ordem florescido e criado mais fortes laços na Alemanha e na Itália sendo os seus Membros conhecidos por Draconicos.

Na Segunda metade do século XIV muitos Reis criaram as suas próprias Ordens de Cavaleiros de forma a servirem de apoio e manutenção dos seus tronos. Exemplos notáveis foram sem dúvida a Ordem da Jarreteira em Inglaterra, a Ordem do Cântaro em Aragão e a Ordem da Faixa na Boémia, etc. Ao contrário das famosas Ordens Religioso Militares tais como os Templários ou os Hospitalarios estas Ordens eram de natureza secular. Com a decisiva vitória na Bósnia, Sigismundo, decidiu formar a sua própria Ordem Secular, sendo os seus membros importantes figuras politicas aliadas e seus respectivos vassalos. O nome da Ordem tem por referência e consequente influência a Ordem de São Jorge (1318). Em 13 de Dezembro de 1418 a Carta de formação da Ordem foi anunciada publicamente, tendo sido indicada a sua génese como a Ordem a defensora da Cruz contra os seus inimigos, particularmente os Otomanos e os Hussitas. Os vinte e quatro membros fundadores foram investidos nesse mesmo ano tendo ao longo dos tempos figuras proeminentes pertencido a Ordem, tais como:

Sigismundo de Luxemburgo, Rei da Hungria

Stefan Lazareviæ da Sérvia

Alfonso, Rei de Aragão e Nápoles

Ladislaus II Rei da Polónia

Vytautas, Grão-Principe da Lituânia

Ernesto Duque da Austria

Cristovão III , Duque da Bavaria e Rei da Dinamarca

Pipo de Ozora

Stefan Lazarevic, déspota da Sérvia

Tomás de Mowbray , Duque de Norfolk (após 1439)

Vlad Tepes , Duque da Valáquia (após 1431)


Nos documentos existentes na Universidade de Bucareste pode-se ler no édito real original o seguinte: “O Quam Misericors est Deus, Pius et Justus”, o que se pensa que poderia fazer parte do próprio símbolo da Ordem.

Em 1431, Sigismundo optou por expandir as fileiras da Ordem e para consecução desse objectivo convidou um grande número de políticos influentes bem como um conjunto de nobres militares e seus vassalos para doutrina-los e investi-los na Ordem do Dragão. Presente nesta cerimónia encontrava-se Vlad II, Dracul, o qual estava investido de poder como Fronteiro-Mor comandante e guardião das fronteiras e passagens da Transilvânia para a Valáquia.


Vlad II, Dracul era o filho ilegítimo de um antigo Príncipe (Voivoda), Mircea Cel Bătrân, (Mircea, o Velho), tendo sido Príncipe da Valáquia (parte integrante da actual Roménia) entre 1436-1447 conseguindo o trono Valaquiano após sair do exílio na Transilvânia e ter vencido o príncipe Alexandru I. Adoptou o nome Dracul (o termo com as suas origens na palavra em latim “draco”, significando “O Dragão”) aquando da sua ordenação como Cavaleiro da Ordem do Dragão pelo Sacro Imperador Romano e Rei da Hungria, Sigismundo Von Luxemburg extremamente orgulhoso deste título e símbolo incorporou-o no seu brasão de família, sendo um dos mais populares defensores da Europa contra a expansão Otomana, sendo apenas ensombrado nos seus feitos pelo seu filho Vlad Tepes, o Empalador, futuro Vlad III). Seu filho Vlad Tepes usou o nome “Draculea” no contexto de “filho de Dracul” ou seja “filho daquele que foi membro da Ordem do Dragão”, uma vez que foi usado como título Honorífico. A palavra “dracul”, entretanto, possuía um segundo significado (“diabo”) que foi aplicado aos membros da família Draculea por seus inimigos e possivelmente também por camponeses supersticiosos.


Este acréscimo de novos membros a Ordem originou a criação de uma nova hierarquia dentro da Ordem, onde cada nova classe tinha uma variação no símbolo da Ordem, embora o motivo dominante fosse sem qualquer dúvida o Dragão. Mudanças comuns incluíam inscrições como “O Quam Misericors est Deus” ("Oh, quão misericordioso é Deus") e “Justus et Paciens” ("Justo and pacifico"). A Ordem permaneceu proeminente até a morte Sigismundo em 1437, altura em que sem um forte financiador rapidamente perdeu influência e prestígio.

Poucos artefactos históricos da Ordem subsistiram até hoje, contudo o símbolo da Ordem foi adoptado por muitas famílias nobres nos seus crestos por toda a Europa. Uma cópia datada do ano de 1707 do édito real da formação da Ordem do Dragão é o mais velho artefacto histórico existente pertencente a Ordem e encontra-se presente devidamente acondicionado na Universidade de Bucareste.

sábado, 29 de agosto de 2009

Tudo é Fugaz




Considera com frequência a rapidez com que se passam e desaparecem os seres e os acontecimentos. A substância, como um rio, está em perpétuo fluir, as forças em perpétuas mudanças, as casas a modificarem-se de mil maneiras; apenas há aí uma coisa estável; e abre-se-nos aos pés o abismo infinito do passado e do futuro onde tudo se some. Como não há-de ser louco o homem que, neste meio, se incha ou se encrespa ou se lamenta, como se qualquer coisa o tivesse perturbado durante um tempo que se visse, um tempo considerável?

Marco Aurélio (Imperador Romano), in "Pensamentos"

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mitologia I

Atlas

Presentes em todas as culturas, os mitos situam-se entre a Razão e a Fé, mas são considerados sagrados.
Os principais tipos de mito referem-se à origem dos deuses, do mundo e ao fim das coisas. Nesse aspecto define-se mitologia como o conjunto dos mitos próprios de um povo, de uma civilização, de uma religião.
No estudo das mitologias, a Grega, e por herança a Romana, foi uma das mais fantásticas que um povo já produziu, compreendendo um conjunto de mitos, lendas e entidades divinas e/ou fantásticas, com deuses, semideuses e heróis, presentes na religião praticada na Grécia Antiga, tendo sido criados e transmitidos originalmente por tradição oral.
O principal intuito deste fantasioso mundo mitológico era explicar fenómenos naturais, culturais ou religiosos que não tinham explicação natural e, assim, constituiu-se, pela sua riqueza narrativa e conceitual, numa das mais interessantes mitologias mundiais.
Os gregos antigos adoravam vários deuses, todos com formas e atributos humanos, que povoavam o céu, a terra, os mares e o mundo subterrâneo. Nas suas várias lendas, histórias e cânticos, cada um dos deuses da Grécia Antiga tinha sua própria identidade, tal como forma física, genealogia, interesses, personalidade e outros atributos peculiares de cada um. No entanto, essas descrições podiam ter variantes locais que, até com certa frequência, levam a descrições diferentes em partes distintas do mundo grego antigo. Em geral, apesar de quase humanos, eram seres eternos e praticamente imunes a doenças e feridas, capazes de se tornarem invisíveis, de alcançarem vários lugares quase que instantaneamente e de assumirem atitudes através de seres humanos sem o conhecimento destes.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Agosto




La sangre gitana que llevo dentro
se mezcla en cóctel
de dulce sabor.
En la sangre gitana que llevo dentro
me arde fuego,
de mis manos, directa al corazón.
Y de madrugada, alma de alhelí,
sobrevuela, trastornando marea,
cada madrugada, alma de alhelí,
y no lo siento por mí.

Tarde o temprano
me perderé en cadenas.
Una vez en la vida
debo encontrar dentro de mí
una noche de agosto
mi alma perdida
que arrojé al mar.

Tierra prometida que nos pertenece
por obra, por arte,
y por gracia de dios.
Tierra prometida que nos pertenece,
¿qué más nos da
ser moro o cristiano,
si hay para los dos?
en la sangre gitana que llevo dentro
me arde fuego,
de mis manos, directa al corazón,
al corazón ...
una vez en la vida
debo encontrar dentro de mí
una noche de agosto
mi alma perdida
que arrojé al mar.

Entre o Céu e a Terra 08 2009



Quando o Céu e a Terra se unem numa dádiva divina, a beleza inunda e preenche a Alma e o Coração de todos aqueles que por um feliz acaso lhes foi permitido serem “iluminados” (pela majestosa percepção do quão pequenos somos) num mundo de maravilhas, as quais estão ao nosso alcance e muitas vezes não as sabemos aproveitar.

UnKnown Soldier

WHO AM I ???

A minha foto
Wait until the war is over And we're both a little older The unknown soldier