sábado, 31 de outubro de 2009

U2 - Desire


Yeah...
Lover, I'm on the street
Gonna go where the bright lights
And the big city meet
With a red guitar...on fire
Desire

She's a candle burning in my room
Yeah I'm like the needle, needle and spoon
Over the counter with a shotgun
Pretty soon everybody got one
And the fever when I'm beside her
Desire
Desire

And the fever, getting higher
Desire
Desire
Burning...
Burning...

She's the dollars
She's my protection
Yeah she's a promise
In the year of election
Oh sister, I can't let you go
Like a preacher stealing hearts
At a traveling show
For love or money money money
money money money money money
money money money
And the fever, getting higher
Desire, desire, desire, desire

Desire...

Desejo


"O amor não é senão o desejo; e assim, o desejo é o princípio original de que todas as nossas paixões decorrem, como os riachos da sua origem; por isso, sempre que o desejo de um objecto se acende nos nossos corações, pomo-nos a persegui-lo e a procurá-lo e somos levados a mil desordens."

Cervantes , Miguel in "A Galateia"

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mitologia - Heróis *Agamemnon*


Personagem histórica que a tradição cercou de lendas, Agamemnon figura na Ilíada, de Homero, como um soldado valoroso, digno e austero.

Atreu, o pai de Agamemnon, foi assassinado por Egisto, o qual se apoderou do trono de Argos governando conjuntamente com o seu pai Tiestes. Durante este período, Agamemnon e Menelau, filhos de Atreu e Aérope, procuraram refúgio em Esparta, onde após algum tempo lá passado desposaram as filhas do próprio rei, Clitemnestra e Helena.
Agamemnon e Clitemnestra tiveram então quatro filhos: três filhas, Efigénia, Electra, Crisotêmis e um filho, Orestes.
Menelau herdou o trono de Esparta, enquanto Agamemnon, com a ajuda do irmão, expulsou Egisto e Tiestes para recuperar o reino do seu pai, tornando-se rei de Micenas no chamado período heróico da história grega. Ao alargar os seus domínios pela conquista tornou-se o rei mais poderoso da Grécia, contudo, a história da família de Agamemnon, reportando-nos até ao lendário rei Pélope, tinha sido manchada por violação, assassínio, incesto e traição. Donde os gregos acreditavam, por causa deste passado violento, existir uma “nuvem infortúnios” a pairar sobre a inteira Casa de Atreu.
Quando Páris, filho do rei de Tróia, raptou Helena, Agamenon recorreu aos príncipes da Grécia para formar uma expedição de vingança contra os troianos. No porto de Áulis, um porto na Beócia, sob a sua chefia suprema, Agamenon, reuniu uma frota de mais de mil navios e um enorme exército.
Infortúnios, incluindo uma praga e falta de vento, impediram este colossal exército de zarpar, pois Ártemis, deusa da caça, estava enfurecida com Agamemnon por este ter abatido um cervo num dos seus bosques sagrados, e foi o adivinho Calcas que anunciou que a ira da deusa apenas podia ser refreada com o sacrifício de Efigénia (filha mais velha de Agamemnon).
Desta forma para aplacar a deusa e o próprio exército que se tornava dia após dia mais impaciente, deu inicio ao ritual de sacrifício da sua filha, porém, Ártemis aplacou-se e aceitou um veado no lugar de Efigénia, contudo levou-a consigo para Táurida, na Crimeia.
A frota pode então partir com ventos favoráveis e durante nove anos os gregos sitiaram Tróia, tendo sofrido pesadas baixas. Embora não igual a Aquiles em bravura, Agamemnon era um representante digno da autoridade real.
Como comandante supremo, convocou os príncipes para a assembleia e conduziu o exército grego na batalha, lutando ferozmente e realizando muitos feitos heróicos, até ser ferido e ser forçado a voltar para a sua tenda. A sua falha principal era a sua arrogância vaidosa. Uma opinião demasiado exaltada da sua posição fê-lo insultar Crises e Aquiles, lançando grande infortúnio sobre os gregos. Pois, no décimo ano, Agamemnon despertou a cólera de Aquiles, rei dos mirmidões, ao tomar-lhe a escrava Briseida.
Aquiles retirou-se com seus soldados e só quando Heitor, príncipe troiano, matou o seu amigo e primo Pátroclo, consentiu em voltar à luta, o que veio a resultar num elevar da moral das tropas gregas culminando a guerra com o engodo de Ulisses e a queda de Tróia.
Após a tomada de Tróia, Cassandra, princesa de Tróia (filha do rei troiano Príamo) e profetisa condenada, foi sorteada e ficou pertença de Agamemnon na distribuição dos espólios de guerra, a qual o alertou em vão para não retornar à Grécia.
Durante a ausência de Agamemnon, Clitemnestra, envolvera-se com Egisto e inconformada com a perda da filha, engendrara a sua morte com o amante. Assim, quando o marido saía do banho, atirou-lhe um manto sobre a cabeça e Egisto assassinou-o, matando também os seus companheiros e Cassandra.
Orestes, filho mais velho de Agamenon, com a ajuda da irmã, Electra, vingou o crime, matando a mãe e Egisto.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Roy Orbison - In Dreams


A candy-colored clown they call the sandman
Tiptoes to my room every night
Just to sprinkle star dust and to whisper
Go to sleep, everything is all right?

I close my eyes then I drift away
Into the magic night, I softly say
A silent prayer like dreamers do
Then I fall asleep to dream my dreams of you

In dreams I walk with you
In dreams I talk to you
In dreams you're mine all the time
We're together in dreams, in dreams

But just before the dawn
I awake and find you gone
I can't help it, I can't help it if I cry
I remember that you said goodbye

Too bad it only seems
It only happens in my dreams
Only in dreams
In beautiful dreams.

Sonho. Não Sei quem Sou

Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me.
Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber.
Se acordoParece que erro.
Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.


Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Frankie goes to Hollywood - War



War-huh
What is it good for?
Absolutely nothing
Say it again
War-huh
What is it good for?
Absolutely nothing
Yeah
War-I despise
'Cos it means destruction
Of innocent lives
War means tears
To thousands of mothers how
When their sons go off to fight
And lose their lives
I said
War-huh
It's an enemy of all mankind
No point of war
'Cos you're a man
War has caused unrest
Among the younger generation
Induction then destruction
Who wants to die?
Give it to me one time-now
Give it to me one time-now
War has shattered
Many young men's dreams
We've got no place for it today
They say we must fight to keep our freedom
But Lord, there's just got to be a better way
It ain't nothing but a heartbreaker
War
Friend only to the undertaker
War
War
War-Good God, now
Now
Give it to me one time now
Now now
What is it good for?
Oh no-there's got to be a better way
Say it again
There's got to be a better way-yeah
What is it good for?

Guerra


Poema da Terra Adubada

Por detrás das árvores não se escondem faunos, não.
Por detrás das árvores escondem-se os soldados
com granadas de mão.

As árvores são belas com os troncos dourados.
São boas e largas para esconder soldados.

Não é o vento que rumoreja nas folhas,
não é o vento, não.
São os corpos dos soldados rastejando no chão.

O brilho súbito não é do limbo das folhas verdes reluzentes.
É das lâminas das facas que os soldados apertam entre os dentes.

As rubras flores vermelhas não são papoilas, não.
É o sangue dos soldados que está vertido no chão.

Não são vespas, nem besoiros, nem pássaros a assobiar.
São os silvos das balas cortando a espessura do ar.

Depois os lavradores
rasgarão a terra com a lâmina aguda dos arados,
e a terra dará vinho e pão e flores
adubada com os corpos dos soldados.


António Gedeão, in "Linhas de Força"

terça-feira, 27 de outubro de 2009

U2 - Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me


You don´t know how you took it
You just know what you got
Oh lordy you´ve been stealing
From the thieves and you got caught
In the headlights
Of a stretch car
You´re a star

Dressing like your sister
Living like a tart
They don´t know what you´re doing
Babe, it must be art
You´re a headache
In a suitcase
You´re a star

Oh no, don´t be shy
You don´t have to go blind
Hold me, thrill me, kiss me, kill me

You don´t know how you got here
You just know you want out
Believing in yourself
Almost as much as you doubt
You´re a big smash
You wear it like a rash
Star

Oh no, don´t be shy
Theres a crowd to cry
Hold me, thrill me, kiss me, kill me

They want you to be jesus
They´ll go down on one knee
But they´ll want their money back
If you´re alive at thirty-three
And you´re turning tricks
With your crucifix
You´re a star

(oh child)

Of course you´re not shy
You don´t have to deny love
Hold me, thrill me, kiss me, kill me

Jogo da Semana *Batman: Arkham Asylum*


No jogo desta semana escolhi para vos entusiasmar, fans de super-heróis, Batman: Arkham Asylum, o seu enredo único e obscuro coloca o jogador no papel do mundialmente famoso, Cavaleiro das Trevas.
Joker, o arqui-inimigo do Homem Morcego, consegue “levá-lo” para uma perigosa prisão, chamada na Banda Desenhada, vulgo "quadrinhos" de Asilo de Arkham para Criminosos Dementes.
Tal como habitualmente Batman terá que se mover por passagens escuras e instigar o medo entre os vilões da cidade, sendo Joker o primeiro da sua lista. Porém, são vários os bandidos que se encontram presos no Asilo Arkham e que promoverão o terror e o perigo para o Morcego, como por exemplo, The Joker, Harley Quinn, Victor Zsasz (“Mr. Zsasz’) e Killer Croc (“Crocodilo”).
No enredo da historia temos o plano do Joker, o qual é bastante claro e simples: promover uma fuga em massa da instituição, a fim de distrair a atenção do nosso herói, que desta forma não se percebe de uma catástrofe iminente, pois na verdade, o vilão quer obter uma substância poderosíssima que é produzida no asilo.
Toda a experiência de jogo ocorre com uma câmara próxima aos ombros de Batman, misturando a primeira e a terceira pessoas. Além de poder correr, pular e deslizar, o Homem Morcego também será capaz de planar no ar, usando a própria capa como sustentação. Nas lutas contra Joker e seus comparsas, Batman contará com uma enorme variedade de gadgets e apetrechos. Os criadores do jogo aproveitaram o fato de ele se passar, na maior parte do tempo, em cenários obscuros para incluir um modo de visualização especial para localização dos vilões e ainda no visor especial, onde Batman poderá optar pelo modo detective, no qual fará uma procura automática de vestígios e impressões digitais no ambiente em que o herói se encontra.
A recriação do Asilo Arkham teve por base muito trabalho por parte da equipa de designers do jogo, contudo o resultado saldou-se por ser de excelência donde nos surge um mundo bastante amplo no qual o podemos explorar de diversas formas.
Neste jogo, Batman vai poder deambular por inúmeros locais escuros sem ser detectado e ao mesmo tempo vai permanecer dentro da matriz do jogo sem se esbarrar nos limites geográficos impostos pelo fabricante do jogo, o que normalmente impediriam uma aventura mais complexa e dinâmica.
O enredo do jogo foi criado por Paul Dini, que também assina as produções da Televisão e do cinema, dando ênfase a acção tais como lutas mano a mano. O Morcego verá toda a sua força adquirida durante vários anos de treino posta à prova quando enfrentar inimigos como Harley Quinn e a Poison Evy.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

The Doors - Not to touch The Earth


Not to touch the Earth
Not to see the Sun
Nothing left to do, but run, run, run
Let's run, let's run

House upon the hill
Moon is lying still
Shadows of the trees
Witnessing the wild breeze
Come on, baby, run with me
Let's run

Run with me
Run with me
Run with me
Let's run!

The mansion is warm at the top of the hill
Rich are the rooms and the comforts there
Red are the arms of luxuriant chairs
And you won't know a thing till you get inside

Dead president's corpse in the driver's car
The engine runs on glue and tar
Come on along, not goin' very far
To the East to meet the Czar

Run with me
Run with me
Run with me
Let's run!

Whoah!

Some outlaws live by the side of a lake
The minister's daughter's in love with the snake
Who lives in a well by the side of the road
Wake up, girl, we're almost home

Yeah, c'mon!

We should see the gates by mornin'
We should be inside by evenin'

Sun, sun, sun
Burn, burn, burn
Soon, soon, soon
Moon, moon, moon
I will get you
Soon!
Soon!
Soon!

I am the Lizard King
I can do anything

Saber


"Há, verdadeiramente, duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência consiste em saber; em crer que se sabe está a ignorância."

Hipócrates in "Aforismos"




domingo, 25 de outubro de 2009

Depeche Mode - Sacred


Sacred
Holy
To put it in words
To write it down
That is walking on hallowed ground
But it's my duty
I'm a missionary

So here is my confession
It's an obsession
I'm a firm believer
And a warm receiver
And I've made my decision
This is religion
There's no doubt
I'm one of the devout

Trying to sell the story
Of love's eternal glory

Sacred
Holy
To put it in words
To write it down
That is walking on hallowed ground
But it's my duty
I'm a missionary

Spreading the news around the world
Taking the word to boys and girls
I'm a firm believer
And a warm receiver
And I will go down on my knees
When I see beauty
There's no doubt
I'm one of the devout

Trying to sell the story
Of love's eternal glory

Sacred
Holy
To put it in words
To write it down
That is walking on hallowed ground
But it's my duty
I'm a missionary

Sacred
Holy
To put it in words
To write it down
That is walking on hallowed ground

As Cruzadas IX e X (A primeira Cruzada) Fim


sábado, 24 de outubro de 2009

Sting - Shape of my Heart


He deals the cards as a meditation
And those he plays never suspect
He doesn't play for the money he wins
He doesn't play for the respect
He deals the cards to find the answer
The sacred geometry of chance
The hidden law of probable outcome
The numbers lead a dance

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that's not the shape of my heart

He may play the jack of diamonds
He may lay the queen of spades
He may conceal a king in his hand
While the memory of it fades

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that's not the shape of my heart
That's not the shape, the shape of my heart

And if I told you that I loved you
You'd maybe think there's something wrong
I'm not a man of too many faces
The mask I wear is one
Those who speak know nothing
And find out to their cost
Like those who curse their luck in too many places
And those who fear are lost

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that's not the shape of my heart
That's not the shape of my heart

O Centro do Universo


"Se todo o indivíduo pudesse escolher entre o seu próprio aniquilamento e o do resto do mundo, não preciso dizer para que lado, na maioria dos casos, penderia a balança. Conforme essa escolha, cada um faz de si o centro do universo, refere tudo a si mesmo e considera primeiramente tudo o que acontece - por exemplo, as maiores mudanças no destino dos povos - do ponto de vista do seu interesse. Ainda que este seja muito pequeno e remoto, é nele que pensa acima de tudo. Não existe contraste maior do que aquele entre a alta e exclusiva divisão, que cada um faz dentro do seu próprio eu, e a indiferença com a qual, em geral, todos os outros consideram aquele eu, bem como o primeiro faz com o deles.
Chega a ter o seu lado cómico ver os inúmeros indivíduos que, pelo menos no aspecto prático, consideram-se exclusivamente reais e aos outros, de certo modo, como meros fantasmas.
[...] O único universo que todos realmente conhecem e do qual têm consciência é aquele que carregam consigo como sua representação e que, portanto, constitui o seu centro. É justamente por isso que cada um é em si mesmo tudo em tudo."

Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Insultar"

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Rammstein - Mutter


MUTTER

Die Tränen greiser Kinderschar
ich zieh sie auf ein weisses Haar
werf in die Luft die nasse Kette
und wünsch mir dass ich eine Mutter hätte

Keine Sonne die mir scheint
keine Brust hat Milch geweint
in meiner Kehle steckt ein Schlauch
hab keinen Nabel auf dem Bauch

Mutter...

Ich durfte keine Nippel lecken
und keine Falte zum verstecken
niemand gab mir einen Namen
gezeugt in Hast und ohne Samen

Der Mutter die mich nie geboren
hab ich heute Nacht geschworen
ich werd ihr eine Krankheit schenken
und sie danach im Fluss versenken

Mutter...

In ihren Lungen wohnt ein Aal
auf meiner Stirn ein Muttermal
entferne es mit Messers Kuss
auch wenn ich daran sterben muss

Mutter...

In ihren Lungen wohnt ein Aal
auf meiner Stirn ein Muttermal
entferne es mit Messers Kuss
auch wenn ich verbluten muss

Mutter...
oh gib mir Kraft.

English:

The tears of a crowd of very old children
I string them on a white hair
I throw the wet chain into the air
And wish that I had a mother

No sun shines for me
No breast ever cried milk
In my throat there sticks a tube
I have no navel on my belly

Mother ... Mother
Mother ... Mother

I was not allowed to lick any nipples
And there was no fold to hide in
Nobody gave me a name
Fathered in haste and without semen

To the mother who never gave birth to me
I have sworn tonight
I will send her a disease
And I will drown her in the river

Mother ... Mother
Mother ... Mother
Mother ... Mother
Mother ... Mother

In her lungs ther lives an eel
On my face there is a mothersigne
Remove it with the kiss of a knife
Even if it kills me

Mother ... Mother ... Mother .. Mother !!

In her lungs ther lives an eel
On my face there is a mothersigne
Remove it with the kiss of a knife
Even if it makes me bleed to death

Mother

Ohh ... give me strength

Mother ... Mother

Ohh ... give me strength

Mother ... Mother

Ohh ... give me strength

Mother ... Mother

Ohh ... give me strength

Mitologia - Heróis * Édipo *


Laio, rei da cidade de Teba, casado com a bela Jocasta, foi advertido pelo oráculo (resposta que os deuses davam a quem os consultava) de que não poderia gerar filhos e que caso esse aviso fosse desobedecido, o seu destino era ser morto pelo próprio filho, ao mesmo tempo que muitas outras desgraças surgiriam no reino. A princípio, Laio não acreditou no oráculo, acabando por ter conceber um filho com Jocasta. Porém, quando a criança nasceu, cheio de remorsos e com medo da profecia, ordenou que o recém-nascido fosse abandonado numa montanha. O criado, encarregado de executar essa missão perfurou-lhe os pés com um gancho e amarrou-os de forma a poder a suspender o menino numa árvore. O edema provocado pela ferida é a origem do nome Édipo, que significa "pés inchados". Mas o menino Édipo não morreu, uma vez que alguns pastores que por ali passavam o encontraram-no, levando-o a presença do rei de Corinto, Polibo, o qual, por não ter filhos, embora fosse casado com a rainha Peribéia, o adoptou, criando-o como se fosse seu filho legítimo.

Já adulto e enquanto participava num banquete organizado pelo seu "pai", um coríntio referiu-se a ele como sendo filho adoptivo. Surpreso com tal revelação, viajou até ao oráculo de Delfos para conhecer o mistério do seu destino.

O oráculo não só não lhe deu uma resposta em concreto como deu ao jovem uma revelação aterrorizante, uma vez que o seu destino era matar o próprio pai e casar-se com a própria mãe. Espantado com essa profecia, Édipo decidiu deixar Corinto e rumar em direcção a Tebas, no intuito de evitar uma tragédia, fugindo desesperado e desorientado, deixando para trás Pólibo e Peribéia, os quais tomava de facto como seus pais verdadeiros.

No decorrer da sua viagem a caminho da Fócida, onde as estreitas estradas de Cáulis e Tebas se encontram e bifurcam, o pobre rapaz deparou-se com Laio e sua escolta, composta por quatro pessoas para além do rei: o arauto, um cocheiro e mais dois escravos. Laio, cheio de arrogância, ordenou-lhe que desse passagem ao rei de Tebas. Édipo não gostando da atitude desobedeceu-lhe e nem sequer fez o mínimo gesto para se apartar do caminho, o que levou a que um dos seus cavalos fosse executado pelo próprio rei, o que fez eclodir uma luta entre ambos. Ignorando a verdadeira identidade do rei, Édipo com o auxílio da bengala, que o amparava no caminhar, golpeou Laio com extrema violência acabando por matá-lo.

Sem saber que tinha morto o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas.

Lá chegado, deparou com a Esfinge, monstro que vinha desde a muito tempo a assolar a cidade. Descendente de uma família de monstros, sua mãe, Equidna, corpo de mulher e cauda de serpente, devorava todos os viajantes que dela se aproximavam. Ortro uniu-se a própria mãe, e dessa forma, tornou-se ao mesmo tempo pai e irmão da Esfinge.

Esfinge, misto de vários animais (cabeça e busto de mulher, as patas de leão, o corpo de cão, cauda de dragão e asas como as das Hárpias) tinha sido enviada por Hera à cidade de Tebas para punir o rei Laio, responsável pelo suicídio de Crísipo, filho de Pélops.

Instalada à entrada da cidade, mais precisamente no Monte Ficeu, propunha aos forasteiros que ali chegavam um enigma de grande complexidade e de difícil resolução e os que não fossem capazes de decifrá-lo eram sumariamente eliminados, sendo mortos e, por fim, devorados. O monstro já havia feito muitas vítimas e os habitantes estavam alarmados quando Édipo, procurando exílio, chegou à Tebas.

Propôs-se, então, a enfrentá-la tendo sido recebido por esta com a seguinte pergunta:

“Qual é o animal que pela manhã tem quatro pés, ao meio dia dois e à tarde três?”.

Ao que Édipo respondeu:

"É o homem. Pois na manhã da vida (infância) ele gatinha com pés e mãos; ao meio-dia (na fase adulta) anda sobre dois pés e à tarde (velhice) necessita das duas pernas e do apoio de uma bengala".

Como já previsto pelo destino no dia em que alguém lograsse decifrar seu enigma a Esfinge morreria, esta, precipitou-se do alto de um precipício e morreu espatifada contra os rochedos no solo.

Aclamado pela população agradecida, o povo tebano saudou Édipo como seu novo rei, e, por conseguinte, recebeu também a mão da rainha, Jocasta, em casamento.

Ignorando tudo, Édipo casou-se com a própria mãe, noutras palavras, Édipo cumpriu a segunda e última parte da sua profecia, pois ao casar-se com a rainha, desposava na verdade, sua própria mãe.

Do seu casamento com Jocasta foram gerados quatro filhos: Etéocles, Polinice, Antígona e Ismena.

O rei de Tebas reinou durante anos tranquilamente até o dia em que uma violenta peste se abateu sobre a cidade.Como habitualmente o oráculo, foi de novo consultado e revelou que a peste não findaria até que o assassino de Laio fosse banido definitivamente de Tebas.

Ao longo das investigações para descobrir o criminoso, a verdade foi esclarecida por Tirésias, o grande vidente cego, que trazido até a corte revelou a verdade sobre o crime e esclareceu a identidade e a história de Édipo. Jocasta, humilhada e sem poder suportar a vergonha, enforcou-se, pondo fim a sua vida e Édipo, ao lado do corpo de sua mãe, vazou os seus olhos, cegando-se.

Expulso da cidade por Etéocles e Polinice, partiu para o exílio acompanhado por Antígona que o guiou até a Ática, onde foi acolhido por Teseu.

Tempos depois, seus filhos e Creonte, irmão de Jocasta, tentaram convencê-lo a regressar a Tebas, uma vez que o oráculo havia predito que onde estivesse localizada a sua tumba, os deuses dedicariam especial protecção.

Inútil, porque Édipo, recusou-se terminantemente a realizar-lhes o desejo e viveu seus últimos dias exilado em Colona, localidade situada próximo à Atenas.

E, foi por esse motivo que esta cidade sempre logrou sair vitoriosa nas disputas contra Tebas.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Depeche Mode - Just can't get enough


When I'm with you baby, I go out of my head
And I just can't get enough, I just can't get enough
All the things you do to me and everything you said
And I just can't get enough, I just can't get enough

We slip and slide as we fall in love
And I just can't seem to get enough of

We walk together, we're walking down the street
And I just can't get enough, I just can't get enough
Every time I think of you I know we have to meet
And I just can't get enough, I just can't get enough

It's getting hotter, it's a burning love
And I just can't seem to get enough of

I just can’t get enough x16

And when it rains, you're shining down for me
And I just can't get enough, I just can't get enough
Just like a rainbow you know you set me free
And I just can't get enough, I just can't get enough

You're like an angel and you give me your love
And I just can't seem to get enough

I just can’t get enough (Repeat to end)

Aprender a Viver


"De um modo geral aceita-se que nenhuma actividade pode ser levada a cabo com sucesso por um indivíduo que esteja preocupado, uma vez que, quando distraída, a mente nada absorve com profundidade, mas rejeita tudo quanto, por assim dizer, a assoberba. Viver é a actividade menos importante do homem preocupado, no entanto, nada há mais difícil de aprender; por todo o lado, encontram-se muitos instrutores das outras artes: na realidade, algumas destas artes são captadas tão intensamente por simples rapazes que assim as podem ensinar. Mas aprender a viver exige uma vida inteira e, o que te pode supreender ainda mais, é necessária uma vida inteira para aprender a morrer.Tantos dos mais ilustres homens puseram de lado todos os seus embaraços, renunciando a riquezas, negócios e prazeres e tomaram como único alvo até ao fim das suas vidas, saber viver.
Contudo, muitos deles morreram a confessar que ainda nada sabiam - muito menos saberão os outros. Acredita em mim: é marca de um grande homem, daquele que está acima do erro humano, não permitir que o seu tempo seja esbanjado: ele tem a mais longa vida possível simplesmente porque todo o tempo que tinha disponível o devotou inteiramente a si. Nada do seu tempo é desperdiçado ou negligenciado, nada do seu tempo fica sob controlo de outrém; ao ser um guardião extremamente zeloso do seu tempo, nunca encontrou nada que merecesse a troca. Assim, ele tem tempo suficiente; mas aqueles em cujas vidas o público faz grandes devassas inevitavelmente têm muito pouco de seu."

Séneca, in "Da Brevidade da Vida"

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

The Fingertips - Picture of my own


Save me
from this sadness it's coming
or take me
before my smile it's dissolving
wake me
from this nightmare i'm entering
don't let me fall in the corners of my own
As a tear comes from inside
I feel like i'm gonna drown
and as i'm searching for something to occupy my mind again
I lay
Down on my bed
But then a picture of my soul shows me
there's no way instead
touch me
make me feel i'm alive
or forgget me
maybe i would die with time
love me
all i need is a hug
embrace me
'cause times are going too rough
and as i think i'm lost nowhere
I find where i am all alone
and as i'm desperating slowly just looking
at my night without stars
I pray
that someone could call
but then a picture of my own
tells me i'm made to fall
and it's a picture of my own
a picture of my own
a picture of my own
that's making me feel this way
and i'm so sorry babe
it's all so silent here
up here
here,here...

Sim: Existo Dentro do Meu Corpo


Sim: existo dentro do meu corpo.
Não trago o sol nem a lua na algibeira.
Não quero conquistar mundos porque dormi mal,
Nem almoçar a terra por causa do estômago.
Indiferente?
Não: natural da terra, que se der um salto, está em falso,
Um momento no ar que não é para nós,
E só contente quando os pés lhe batem outra vez na terra,
Traz! na realidade que não falta!


Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sigue Sigue Sputnik - Love Missile F1-11


US bombs cruisin' overhead
There goes my love rocket red
Shoot it up....
Shoot it up....
Blaster bomb bomb bomb ahead
Multi millions still unfed
Amondo teeno givin' head
Shoot it up....
Shoot it up....
Hold me shake me, I'm all shook up
Psycho maniac interblend, shoot it up
Now shoot it up
Shoot it up
Shoot it up
Shoot it up....
Teenage crime now fashion's dead
Shoot it up
There goes my love rocket red
Shoot it up
Shoot it up
Shoot it up
Shoot it up
Shoot it up

Jogo da Semana * Uncharted 2: Among Thieves*



Uncharted 2: Among Thieves traz-nos de novo Nathan Drake, o novo herói acidental criado pela Naugthy Dog. O primeiro jogo, de nome Uncharted: Drake's Fortune abriu-nos as portas a um dos mais belos jogos que saíram até à data na PS3. Pecava por ser um jogo pequeno, com puzzles demasiado fáceis e sem qualquer modo online, que remetia a longevidade para novas incursões no modo single-player. Numa primeira instância, este novo jogo não parece fugir da formula criada, mas isto só mesmo num olhar menos atento e desajeitado. Uncharted 2: Among Thieves é uma verdadeira sequela, e não pretendeu apenas pegar na fama ganha, como ainda se reinventou e trouxe um jogo muito mais sólido, com uma história coesa, com um guião realista e bem estruturado, apimentado por tudo o que de bom tem um grande blockbuster. Imensa acção, explosões, tensão, adrenalina, drama, romance, e uma vertente cómica fantástica, que no nosso bom português, damos os parabéns pela fantástica localização. Simplesmente genial. Não deixando claro de lado o papel da sonoplastia, com uma banda sonora fantástica, com músicas colocadas consoante o ambiente, e efeitos sonoros muito bem conseguidos.

'Uncharted 2: Among Thieves' Screenshot 2

As animações do rosto estão fantásticas.

Dissecando tudo isto, e para quem ainda não jogou o primeiro, ou que nem conhece a série, temos assim um jogo na terceira pessoa, com inspirações nos fantásticos filmes de Indiana Jones. Digamos que é um misto de Indiana Jones com toques de Tomb Raider. Mas tudo ligado magistralmente. Uncharted 2: Among Thieves é um autentico regalo para os nossos olhos, não relegando para segundo plano o factor de nos surpreender a cada esquina. Está sem dúvida dentro do melhor que se fez até à data em termos gráficos, e principalmente tudo isto a um frame-rate extremamente estável. De realçar, já o anterior tinha, a paleta de cores empregues no jogo. Enquanto outros jogos primam por padronizar as cores dos materiais e ambiente, U2 (fica sempre bem) leva-nos até a um ambiente luxuriante de cor e brilho. Determinados cenários estão recriados de tal maneira, que dei por mim muitas vezes a pensar: "Que trabalhão deve ter demorado a desenhar e decorar esta zona e passei aqui 10 segundos." É esta preocupação pelo detalhe que torna U2 tão especial.

'Uncharted 2: Among Thieves' Screenshot 1

Então não éramos mais que amigos?

Existe sempre certas coisas que nos cativam em certos videojogos, e em U2, pessoalmente são as animações das personagens, principalmente nas cut-scenes. Poderão não ser as mais reais até à data, mas a forma como interagem uns com os outros, a colocação do corpo, do rosto e de todos os pormenores das mãos, ancas (sim ancas) tornam cada personagem numa pessoa real e muito credível. É como de actores reais se tratassem, e melhorando tudo isto, a passagem das cut-scenes para o jogo propriamente dito é feita de forma instantânea, que quando damos conta já estamos no controlo da personagem. A produção de Uncharted 2 foi tratada como se de um filme se tratasse. Tudo aquilo que conhecemos nos filmes, ângulos de câmara, escolha das vozes e clichés obrigatórios neste tipo de temática. Está lá tudo. Interessante é verificar o destaque que foi dado a Chloe Frazer, a nova menina morena bonita, e também ao modelo do ano passado (como comicamente se intitula) Elena. Foi explorado ao máximo a sensualidade destas duas meninas, deixando Nathan Drake numa posição muito ingrata.

Como referi logo no início, existem situações extremamente engraçadas no jogo, que provocam em nós sorrisos imediatos. Uma delas é a que referi, onde Drake está a subir uma escada, e numa perspectiva lateral esquerda conseguimos ver uma bela paisagem com um raiar do sol fantástico, e com a Elena atrás de nós. Quando eu estava a pensar nessa paisagem, porque realmente era magnifica, Elena passa à minha frente e fica com o rabo virado para Drake, o qual olha e Elena diz: "Estás a olhar para mim?" onde então Nathan responde:"Não... Não, estava a olhar para a paisagem. A vista daqui é fantástica. A sério." Apenas posso dizer. "Foste apanhado." São estes pequenos pormenores, metidos durante o jogo em si, que tornam o jogo dinâmico, e sem qualquer monotonia. Muitos mais exemplos destes irão acontecer, uns mais surpreendentes que outros. Mas uma coisa é certa, poucas mulheres resistirão ao beicinho maroto de Drake. Malandro o rapaz. Um dos factores de alguma frustração no primeiro jogo, era a jogabilidade, principalmente em zonas apertadas, nas escaladas e também no sistema de cover. Tudo isto foi redesenhado, estando agora muito mais aperfeiçoado. Falando do sistema de cover, penso que as melhorias estão mais nas opções de câmara do que no sistema em si. Raramente, ou quase nenhuma vez fiquei em modo de protecção e com a câmara a atrapalhar ou numa posição estranha, prejudicando a jogabilidade, bastando pressionar o botão circulo, somos projectados para a parede, canto, ou saliência que nos permite um abrigo, ficando agarrados nessa superfície até puxarmos para a frente a personagem. A troca de posição, independentemente se a próxima surpreender seja diferente, está muito bem conseguida, sendo de tal forma fluída que dei por mim a variar de zona tal como mestre da infiltração, apenas para criar poses a.k.a Rambo. Não sendo um sistema inovador, está muito bem empregue e quem já experimentou a Beta pública verificou isso mesmo. Já em termos das escaladas, principalmente na percepção das distância e zonas onde nos podemos segurar, poderiam estar mais bem conseguidas, ou na melhor das hipóteses, Drake deveria agarrar-se onde realisticamente se poderia agarrar.

'Uncharted 2: Among Thieves' Screenshot 5

Miss T-Shirt molhada.

Uncharted 2: Among Thieves vive do factor surpresa, e da aventura em si, e falar mais sobre a história e sobre as personagens e tipo de aventuras, e como se irá processar, seria no fundo uma má opção da minha parte. Isso é algo a ser descoberto por cada um de vocês e apreciado individualmente. No fundo a Naughty Dog, conseguiu criar um jogo extremamente equilibrado, onde todas as partes se conjugam de forma quase perfeita, onde julgo que não houve uma única altura em que tenha reclamado de alguma coisa, ou que algo estava mal empregue. O que me queixei foi sim de alguma dificuldade em certas zonas. São os nervos da derrota. Mas não queria deixar de dar apenas uma pitada da localização no tempo, o jogo. Em termos de enredo, Uncharted 2: Among Thieves leva-nos numa viagem fantástica de aventura e descoberta. A história desenrola-se anos depois dos acontecimentos narrados no primeiro jogo. Agora não estamos circunscritos a um único lugar, mas viajaremos por diferentes locais, criando pelo caminho amigos e claro muitos inimigos. Contamos com paisagens díspares, que vão desde selva luxuriante e quente, a paisagens geladas do Nepal. Nathan Drake vai em busca dos tesouros perdidos pelo explorador Marco Polo, a quando da sua volta com 14 navios, mas que apenas 1 chegou ao seu destino. Como Drake gosta de aventura nem pensa duas vezes, mas talvez fosse melhor tê-lo feito. Para esse fim, Drake retorna aos mesmos locais onde Marco Polo esteve, e não me alongando muito na história, que é um dos principais atractivos, apenas posso afirmar que está muito bem escrita e com aventuras e desventuras pelo caminho. Muitas personagens vão entrando em jogo, sendo que estaremos quase sempre acompanhados por outra pessoa. Pessoalmente acho que daria um excelente jogo em modo cooperativo, no seu total como modo single-player, mas a Naughty Dog decidiu antes nos brindar com um modo cooperativo diferente.

'Uncharted 2: Among Thieves' Screenshot 4

Sim, a cara não engana. Ele é mesmo badass.

Após o término do jogo somos recompensados por inúmeros presentes, ou artefactos que fomos coleccionando durante o jogo. Todas essas conquistas dão-nos dinheiro, que poderemos usar na compra de itens, como roupas, armas, filtros de cor, vídeos, e também imagens e artwork, quer para uso no modo single-player, como multiplayer. Interessante é também a possibilidade de integramos o jogo com a rede social twitter onde podemos mostrar a todos o nosso progresso bem como quando estamos online. Esta integração é feita dentro do próprio jogo, bastando para isso efectuar a ligação dos nossos dados do Twitter. Apenas a título de curiosidade, terminei o jogo em 13 horas, e estive 27 minutos a voar. Posso dizer que já sou um pássaro. Muito ainda tinha por fazer e coleccionar, por isso penso que a média poderá rondar as 15 horas. Igualmente interessante é o modo Machinima, que está acessível na zona multiplayer. Ou seja, neste modo livre, podemos criar os nossos próprios filmes, onde toda a acção é gravada e depois poderemos editar. Podemos mover a câmara de forma livre, escolher os filtros de cor, luminosidade, tonalidade das cores, o nível de nevoeiro, e variar a hora do dia. Uma ferramenta que prima pela simplicidade, que não é nada de extraordinário, mas que é um acrescento sempre bem-vindo. Uma das componentes que gerou alguma controvérsia, devido ao género de jogo em questão, foi a sua componente para múltiplos jogadores. Este modo de jogo até suscitou muitas dúvidas entre os fãs, que chegaram a dizer que não encaixava no género e que só iria estragar o que de bom tinha sido feito. Posso desde já adiantar que essas pessoas estavam redondamente enganadas. Esta componente multiplayer tem para nos oferecer variadíssimas opções e modos de jogo. No modo competitivo temos delícias como o Combate Mortal, Eliminação, Saquear e Reacção em Cadeia. Estes modos são um festim onde a acção reina. Um dos meus preferidos é sem dúvida a reacção em cadeia devido à enorme entreajuda que ele exige. Há que comunicar com os companheiros de equipa através do headset. Ao nosso dispor temos um sistema de ranking que define a nossa perícia como jogador. Durante os combates vamos amealhando dinheiro que faz com que subamos de nível. Esse mesmo dinheiro é depois utilizado para comprar vestimentas, turbos (mais precisão, mais munições, etc.) e até insultos. De referir que a maior parte destes upgrades estão bloqueados, vamos tendo acesso a eles com a subida do nosso ranking.

'Uncharted 2: Among Thieves' Screenshot 3

Foge.. foge bandido!

Mas se preferem uma boa partida de cooperação com os vossos melhores amigos, Uncharted 2 é o jogo ideal. Este modo de cooperação está dividido em dois. Temos a Arena Cooperativa, onde temos que sobreviver às vagas de ataque dos inimigos que vão ficando cada vez mais fortes com o passar do tempo, e o Modo Cooperativo, que é bem diferente do singleplayer pois não vamos jogar a mesma história em equipa, somos apenas colocados em cenários específicos para cumprir os objectivos em conjunto com os nossos companheiros. Neste modo cooperativo o trabalho de equipa é crucial, a comunicação é a chave para o sucesso. Os inimigos vêm de todos os lados, chegando a um ponto em que temos que eliminar um “boss” para avançar no jogo. Como devem ter reparado, o multiplayer de Uncharted 2 é simplesmente delicioso e vem de certa forma completar o que de bom existe na parte singleplayer. A jogabilidade do modo história é mantida neste multijogador, desde a fluidez de movimentos, passando pela espectacularidade e riqueza dos cenários, até à fenomenal banda sonora e respectiva sonoridade. Há jogos específicos para múltiplos jogadores que ficam distantes da qualidade alcançada em Uncharted 2, é uma mais-valia real que poderia ser vendida em separado. Quando me chegam jogos como Uncharted 2: Among Thieves às mãos, penso verdadeiramente no que de bom a indústria de videojogos tem. É como que um oásis dentro de tanta fraca qualidade. Uncharted 2: Among Thieves coloca novamente a fasquia da qualidade muito alta, sendo um dos melhores jogos deste ano. Para finalizar, e como promessa à Elena, que me pediu para lhe dar um valor entre 0 a 10, darei o que abaixo está inscrito. Vocês irão perceber.

10/10

Análise realizada por Eurogamer
http://www.eurogamer.pt/articles/uncharted-2-among-thieves-analise

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Depeche Mode - Enjoy The Silence



Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm

Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words of trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm

Silêncio


"O silêncio é a minha maior tentação. As palavras, esse vício ocidental, estão gastas, envelhecidas, envilecidas. Fatigam, exasperam. E mentem, separam, ferem. Também apaziguam, é certo, mas é tão raro! Por cada palavra que chega até nós, ainda quente das entranhas do ser, quanta baba nos escorre em cima a fingir de música suprema! A plenitude do silêncio só os orientais a conhecem."

Andrade , Eugénio in "Rosto Precário"

domingo, 18 de outubro de 2009

Peter Gabriel - Games Without Frontiers



Hans plays with lotte, lotte plays with jane
Jane plays with willi, willi is happy again
Suki plays with leo, sacha plays with britt
Adolf builts a bonfire, enrico plays with it
-whistling tunes we hid in the dunes by the seaside
-whistling tunes were kissing baboons in the jungle
Its a knockout
If looks could kill, they probably will
In games without frontiers-war without tears
Games without frontiers-war without tears

Jeux sans frontieres
Jeux sans frontieres
Jeux sans frontieres

Andre has a red flag, chiang chings is blue
They all have hills to fly them on except for lin tai yu
Dressing up in costumes, playing silly games
Hiding out in tree-tops shouting out rude names
-whistling tunes we hide in the dunes by the seaside
-whistling tunes we piss on the goons in the jungle
Its a knockout
If looks could kill they probably will
In games without frontiers-wars without tears
If looks could kill they probably will
In games without frontiers-war without tears
Games without frontiers-war without tears

Jeux sans frontieres
Jeux sans frontieres
Jeux sans frontieres

As Cruzadas VII e VIII (A primeira Cruzada)


sábado, 17 de outubro de 2009

U2 - The Wanderer


I went out walking through streets paved with gold
Lifted some stones, saw the skin and bones
Of a city without a soul
I went out walking under an atomic sky
Where the ground won't turn and the rain it burns
Like the tears when I said goodbye.

Yeah, I went with nothing, nothing but the thought of you.
I went wandering.

I went drifting through the capitals of tin
Where men can't walk or freely talk
And sons turn their fathers in.
I stopped outside a church house
Where the citizens like to sit.
They say they want the kingdom
But they don't want God in it.

I went out riding down that old eight-lane
I passed a thousand signs looking for my own name.
I went with nothing but the thought you'd be there too,
Looking for you.

I went out there in search of experience
To taste and to touch and to feel as much
As a man can before he repents.

I went out searching, looking for one good man
A spirit who would not bend or break
Who would sit at his father's right hand.
I went out walking with a bible and a gun
The word of God lay heavy on my heart
I was sure I was the one.

Now Jesus, don't you wait up, Jesus I'll be home soon.
Yeah, I went out for the papers, told her I'd be back by noon.
Yeah, I left with nothing but the thought you'd be there too
Looking for you.

Yeah, I went with nothing, nothing but the thought of you.
I went wandering.

Sung by Johnny Cash

Obscuro Domínio

Amar-te assim desvelado
entre barro fresco e ardor.
Sorver o rumor das luzes
entre os teus lábios fendidos.

Deslizar pela vertente
da garganta, ser música
onde o silêncio aflui
e se concentra.

Irreprimível queimadura
ou vertigem desdobrada
beijo a beijo,
brancura dilacerada

Penetrar na doçura da areia
ou do lume,
na luz queimada
da pupila mais azul,

no oiro anoitecido
entre pétalas cerradas,
no alto e navegável
golfo do desejo,

onde o furor habita
crispado de agulhas,
onde faça sangrar
as tuas águas nuas.

Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"


Mitologia - Heróis *Perseu*


Perseu era filho de Zeus e Dánae, filha única de Acrísio e cujo tio Preto seduziu, tornando o relacionamento entre os irmãos bastante azedo e conturbado, levando que este último fugisse do reino de forma a conservar a sua vida.

Acrísio que pretendia um filho varão para herdeiro dirigiu-se ao oráculo interrogando-o sobre qual a forma de o obter, ao que este respondeu, que não só não teria filhos como um dia o seu neto o haveria de matar.

Para evitar tal destino, Acrísio trancou Dánae numa masmorra de portas de bronze, permanentemente guardada por cães ferozes, mas a despeito de tais precauções, Zeus introduziu-se no calaboiço sob a forma de uma chuva de ouro, amou Dánae e gerou Perseu.

Ao saber de tal acontecimento Acrísio enfureceu-se e imaginou que tal “obra” fosse trabalho do seu irmão, Preto. Não se atreveu contudo a matar a própria filha e fechou-a juntamente com o pequeno Perseu numa arca de madeira, a qual lançou ao mar para que fossem levados pela corrente para bem longe.

Protegida por Zeus a arca vogou até a ilha de Serifos, onde um pescador, Díctis, a avistou, recolheu-a, trouxe-a par terra e abrindo-a deparou com Dánae e seu filho ainda vivos. Levou-os imediatamente a presença do rei de Serifos, Polidectes, seu irmão que prontamente indicou que Perseu devia ser criado no palácio.

Quanto a Dánae, apaixonou-se por ela querendo mesmo tornar-se seu marido, mas Perseu já homem feito, forte, ambicioso, corajoso, aventureiro e protector defendia a mãe contra esta união. Polidectes, astutamente reuniu os seus amigos e fingindo requestar a mão de Hipodâmia, filha de Pélops, pediu-lhes que cada um lhe desse um cavalo, como presente de casamento, alegando que apesar de Serifos ser uma pequena ilha não queria fazer fraca figura em relação aos abastados pretendentes do continente. Perguntou, então, a Perseu se o ajudava nesta questão, ao que este último respondeu não ser possuidor de nenhum cavalo nem fortuna, mas uma vez que não pretendia casar com a sua mãe lhe traria um presente que ele mais desejasse e irreflectidamente sugeriu até mesmo a cabeça da Górgona Medusa. Polidectes tinha lançado a sua “teia” e agora ia recolher o seu “prémio”, pois, assim que Perseu terminou de oferecer a cabeça de Medusa este logo a aceitou, dizendo que lhe agradava mais do que qualquer cavalo do mundo.

A Górgona Medusa tinha serpentes no lugar de cabelos, dentes enormes, a língua pendia-lhe da boca, e todo um rosto tão feio e terrível que aquele que o contemplasse ficava petrificado de medo.

Atena tinha estado atenta e escutou a conversa em Serifos e como era uma inimiga visceral de Medusa, por cuja hedionda aparência tinha sido responsável, acompanhou Perseu na sua aventura. Conduziu-o primeiro a cidade de Deictérion, em Samos, onde lhe mostrou três estátuas das Górgonas para que, Perseu, pudesse distinguir Medusa das suas irmãs imortais, Esteno e Auríale, e por fim recomendou-lhe que nunca olhasse directamente para Medusa, mas somente para a imagem desta reflectida, dando-lhe para este fim um escudo polido e brilhante como um espelho.

Hermes também auxiliou Perseu dando-lhe uma foice adamantina para cortar a cabeça de Medusa, mas havia necessidade de mais equipamento tal como um par de sandálias aladas, uma sacola mágica onde guardar a cabeça decapitada de Medusa e o escuro capacete de Hades, que tornava invisível quem o pusesse. Tudo isto encontrava-se nas mãos das Ninfas do Estige, só que ninguém sabia o local onde estas se encontravam a excepção das irmãs das Górgonas, as três Greias de corpo de cisne, com um único olho e um único dente comum às três. Perseu foi em busca das Greias nos seus tronos no sopé do Monte Atlas e rastejando até ao pé destas conseguiu apoderar-se do olho e do dente no momento em que elas o passavam de umas par as outras, declarando-lhes só os devolver quando as Greias lhe indicassem o caminho até as Ninfas do Estige.

Na posse das sandálias, da sacola e do capacete que as ninfas lhe forneceram, Perseu dirigiu-se para o país dos Hiperbóreos no ocidente, local onde encontrou as Górgonas a dormir, por entre incontáveis figuras de homens e de animais petrificados por Medusa e deteriorados pelas chuvas. Aproximou-se cautelosamente, fixou o olhar no reflexo do escudo, Atena guiou-lhe a mão, e de um só golpe cortou a cabeça a Medusa. Com o capacete posto e encontrando-se invisível, conseguiu escapar são e salvo, rumando ao sul.

Ao contornar a costa da Filisteia rumo ao norte, Perseu, avistou uma mulher nua presa a um rochedo por quem logo se apaixonou. Esta era Andrómeda, uma linda princesa, filha de Cefeu, o rei etíope de Jopé e de Cassiopéia. A mãe de Andrómeda imprudentemente tinha incorrido na ira de Posídon ao vangloriar-se que tanto ela como a filha eram mais bonitas do que as filhas do deus do mar Nereu, as Nereides. Para punir, Cassiopéia, Posídon enviou um monstro marinho para devastar a Filisteia. Perante tal ameaça Cefeu consultou o oráculo de Ámon e teve como resposta que a única hipótese de salvar o reino seria sacrificar a filha, Andrómeda, ao monstro marinho. Foi assim que obrigado pelos seus súbditos Cefeu se viu obrigado a colocar a sua filha, completamente nua, apenas com algumas jóias, abandonada de todos para esperar o terrível destino.

Perseu voou imediatamente em direcção a bela jovem, contudo ao avistar os pais de Andrómeda, que da margem aguardavam ansiosamente pelo desenrolar dos acontecimentos, desceu até junto deles e informou-os que poderia salvar a sua filha mas que para isso lhes impunha uma condição, que ela se tornasse sua mulher e fosse com ele para a Grécia. Pegando na sua foice, elevou-se de novo nos ares, e lançou-se no mar trinchando a cabeça do monstro marinho que se deixara enganar pela sombra do héroi por sobre as ondas.

Libertou, então, a princesa e os pais dela de muita má vontade o aceitaram como genro, mas perante a insistência de Andrómeda o casamento realizou-se imediatamente, mas algo porém veio interromper as festividades de forma abrupta, Agenor, irmão gémeo do rei Belo, à frente de um grupo de homens armados veio exigir a mão de Andrómeda. Certamente que tinha sido Cassiopéia quem o chamara, pois tanto ela como Cefeu tinham faltado a palavra dada a Perseu, argumentando que a mão da filha estava prometida à muito a Agenor, e querendo agora que Perseu morresse. Na luta que se seguiu, o herói derrotou muitos dos seus adversários mas uma vez que o seu número era vastíssimo, viu-se forçado a recorrer a cabeça da Górgona, transformando em pedra os restantes duzentos inimigos.

Perseu regressou rapidamente para Serifos, com a esposa, Andrómeda. Polidectes não acreditava que Perseu pudesse retornar, e deve ter sido bastante gratificante para Perseu observar o tirano ficar lentamente petrificado sob o olhar da cabeça da Górgona. Perseu deu então a cabeça a Atena, que a fixou como um emblema no centro de seu protector peitoral.

Perseu, Dânae e Andrômeda seguiram então juntos para Argos, onde esperavam reconciliar-se com o velho rei Acrísio. Mas quando Acrísio soube desta vinda, fugiu da presença ameaçadora do seu neto, rumo a Tessália, onde, não se conhecendo mutuamente, Acrísio e Perseu acabaram por se encontrar nos jogos fúnebres do rei de Larissa. Aqui a previsão do oráculo que Acrísio tanto temia cumpriu-se, pois Perseu ao lançar um disco, este desviou-se da sua trajectória pela força do vento e atingiu Acrísio enquanto estava entre os espectadores, matando-o instantaneamente.

Perseu com sensibilidade decidiu que não seria muito popular voltar a Argos e reivindicar o trono de Acrísio logo após tê-lo morto, assim, resolveu-se a fazer uma troca de reinos com seu primo Megapentes. Megapentes passou a dirigir os destinos de Argos enquanto Perseu governou Tirinto, onde é considerado como responsável pelas fortificações de Midéia e Micenas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Queen - Princes Of The Universe


Here we are, Born to be kings,
We're the princes of the universe,
Here we belong, Fighting to survive,
In a world with the darkest powers,
And here we are, We're the princes of the universe,
Here we belong, Fightinf for survival,
We've come to be the rules of your world,
I am immortal, I have inside me blood of kings,
I have no rival, No man can bemy equal,
Take me to the future of your world,
Born to be kings, Princes of the universe,
Fighting and free, Got your world in my hand,
I'm here for your love and I'll make my stand,
We were born to be princes of the universe,
No man could understand. My power is in my own hand,
Ooh, Ooh, Ooh, People talk about you,
People say you've had your day,
I'm a man that will go far,
Fly the moon and reach for the stars,
With my sword and head held high,
Got to pass the test first time - yeah,
I know that people talk about me I hear it every day,
But I can prove you worng cos I'm right first time,
Yeah. Yeah. Alright, Wathc this man fly,
Bring on the girls,
Here We are. Born to be kings. We're the princes of
the universe. Here we belong. Born to be kings,
Princes of the universe. Fighting and free,
Got the world in my hands. I'm here for your love,
And I'll make my stand,
We were born to be princes of the universe.

Aceita o Universo



Aceita o universo
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.

Se há outras matérias e outros mundos
Haja.



Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Depeche Mode - A Question Of Time


I´ve got to get to you first
Before they do
It´s just a question of time
Before they lay their hands on you
And make you just like the rest
I´ve got to get to you first
It´s just a question of time

Well now youre only fifteen
And you look good
I´ll take you under my wing
Somebody should
They´ve persuasive ways
And you´ll believe what they say
It´s just a question of time
It´s running out for you
It wont be long until you´ll do
Exactly what they want you to

I can see them now
Hanging around
To mess you up
To strip you down
And have their fun
With my little one

It´s just a question of time
It´s running out for you
It wont be long until you´ll do
Exactly what they want you to

Sometimes I don´t blame them
For wanting you
You look good
And they need something to do
Until I look at you
And then I condemn them
I know my kind
What goes on in our minds

It´s just a question of time
It should be better
It´s just a question of time
It should be better with you
It´s just a question of time

O Tempo


"O tempo não se ocupa em realizar as nossas esperanças: faz o seu trabalho e voa."

Eurípedes in "Héracles"

WHO AM I ???

A minha foto
Wait until the war is over And we're both a little older The unknown soldier