Insígnia da Ordem: dois cavaleiros montados no mesmo cavalo, simbolizando o voto de pobreza.
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A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, melhor conhecida como Ordem dos Templários é uma Ordem de Cavalaria criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove cavaleiros de origem francesa, entre os quais Hugo de Payens e Geoffroy de Saint-Omer, visando a defesa dos interesses e protecção dos peregrinos cristãos na Terra Santa.
A tomada de Jerusalém através da primeira Cruzada deu origem ao surgimento de um novo reino cristão, e daí se destacaram nove cavaleiros que nela participaram pedindo autorização para permanecer na cidade e proteger os peregrinos que para lá se dirigiam.
O rei de Jerusalém, Balduíno II, permitiu então que os estábulos sobre as ruínas do Segundo Templo de Salomão, naquela cidade, lhes servissem de sede.
Estes cavaleiros fizeram voto de pobreza e o seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros. Em consequência do local de sua sede, do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome da Ordem, Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou simplesmente Cavaleiros Templários.
Sob a divisa Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico.
Inicialmente, as suas funções limitavam-se à protecção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados, nos territórios cristãos conquistados na Terra Santa, durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem teve vários benefícios principalmente de inúmeras doações de terras na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente.
No que viria a constituir o futuro Reino de Portugal consta-se que os Templários entraram cá ainda no tempo de D. Teresa, a qual lhes doou a povoação minhota de Fonte de Arcada, em 1127. Um ano depois, a viúva do Conde D. Henrique entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de terras aos mouros. Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém.
A história dos Templários é envolta em misticismo e dá origem a várias lendas onde segundo uma versão, nos primeiros nove anos de existência os cavaleiros fundadores da Ordem dedicaram-se a escavações feitas nos alicerces da sua sede, até que encontraram documentos e riquezas que os tornaram poderosos. Supostamente, sob o Segundo Templo, local mais sagrado dos antigos Judeus, jaziam riquezas ocultas pelos sacerdotes antes da conquista e destruição de Jerusalém pelos Romanos no ano de 70.
Segundo outras versões da lenda, os cavaleiros teriam encontrado o Santo Graal, Cálice utilizado por Jesus Cristo na Última Ceia, e que teria sido utilizado para guardar o seu sangue aquando da sua crucificação.
Ambas as versões estão de acordo no que respeita ao que foi encontrado e levado “algo” pelos cavaleiros templários, sigilosamente para a Europa, onde a Ordem teria obtido do Papa Inocêncio II uma Bula pela qual estes obtinham poderes ilimitados, sendo declarados "isentos de jurisdição episcopal", constituindo-se, desse modo, em um poder autónomo, independente de qualquer interferência, política e religiosa, quer de reis quer de prelados.
A partir de então, a Ordem ter-se-ia expandido rapidamente, em número e em poder político, acumulando vastos domínios em mais de dez países, vindo a enriquecer ainda mais através da concessão de créditos a reis, nobres e prelados, cobrando juros sobre esses recursos, instituindo o embrião do moderno sistema bancário.
No século XIV, a Ordem teria alcançado tamanho poder que Filipe IV de França e o Papa Clemente V, colocaram em prática uma estratégia para esmagar a mesma e se apoderarem dos seus recursos.
A tomada de Jerusalém através da primeira Cruzada deu origem ao surgimento de um novo reino cristão, e daí se destacaram nove cavaleiros que nela participaram pedindo autorização para permanecer na cidade e proteger os peregrinos que para lá se dirigiam.
O rei de Jerusalém, Balduíno II, permitiu então que os estábulos sobre as ruínas do Segundo Templo de Salomão, naquela cidade, lhes servissem de sede.
Estes cavaleiros fizeram voto de pobreza e o seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros. Em consequência do local de sua sede, do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome da Ordem, Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou simplesmente Cavaleiros Templários.
Sob a divisa Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico.
Inicialmente, as suas funções limitavam-se à protecção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados, nos territórios cristãos conquistados na Terra Santa, durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem teve vários benefícios principalmente de inúmeras doações de terras na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente.
No que viria a constituir o futuro Reino de Portugal consta-se que os Templários entraram cá ainda no tempo de D. Teresa, a qual lhes doou a povoação minhota de Fonte de Arcada, em 1127. Um ano depois, a viúva do Conde D. Henrique entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de terras aos mouros. Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém.
A história dos Templários é envolta em misticismo e dá origem a várias lendas onde segundo uma versão, nos primeiros nove anos de existência os cavaleiros fundadores da Ordem dedicaram-se a escavações feitas nos alicerces da sua sede, até que encontraram documentos e riquezas que os tornaram poderosos. Supostamente, sob o Segundo Templo, local mais sagrado dos antigos Judeus, jaziam riquezas ocultas pelos sacerdotes antes da conquista e destruição de Jerusalém pelos Romanos no ano de 70.
Segundo outras versões da lenda, os cavaleiros teriam encontrado o Santo Graal, Cálice utilizado por Jesus Cristo na Última Ceia, e que teria sido utilizado para guardar o seu sangue aquando da sua crucificação.
Ambas as versões estão de acordo no que respeita ao que foi encontrado e levado “algo” pelos cavaleiros templários, sigilosamente para a Europa, onde a Ordem teria obtido do Papa Inocêncio II uma Bula pela qual estes obtinham poderes ilimitados, sendo declarados "isentos de jurisdição episcopal", constituindo-se, desse modo, em um poder autónomo, independente de qualquer interferência, política e religiosa, quer de reis quer de prelados.
A partir de então, a Ordem ter-se-ia expandido rapidamente, em número e em poder político, acumulando vastos domínios em mais de dez países, vindo a enriquecer ainda mais através da concessão de créditos a reis, nobres e prelados, cobrando juros sobre esses recursos, instituindo o embrião do moderno sistema bancário.
No século XIV, a Ordem teria alcançado tamanho poder que Filipe IV de França e o Papa Clemente V, colocaram em prática uma estratégia para esmagar a mesma e se apoderarem dos seus recursos.
O Papa enviou instruções secretas, lacradas, a serem abertas simultaneamente pelas suas forças, por toda a Europa, no dia 13 de Outubro de 1307. Nesse dia, ao serem abertas as instruções, os destinatários tomaram conhecimento da afirmação do Pontífice de que Deus lhe falara numa visão, alertando-o de que os Templários eram hereges, culpados de adoração ao demónio, homossexualidade, desrespeito à Santa Cruz, sodomia e outros comportamentos de blasfémia. Como Papa, recebera de Deus a ordem de purificar a Terra, reunindo todos os Templários e torturando-os até que confessassem as supostas heresias cometidas.
A operação foi um sucesso e inúmeros Templários foram presos, torturados e queimados em fogueiras como hereges, mantendo a soberania da Igreja Católica no cenário político da época.
O rei Filipe tentou tomar posse dos tesouros dos templários. No entanto, quando seus homens chegaram ao porto, a frota templária já havia partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada. Os possíveis destinos dessa frota seriam Portugal, onde os templários seriam protegidos, a Inglaterra, onde poderiam se refugiar por algum tempo, e a Escócia onde também poderiam se refugiar com bastante segurança.
Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar, onde continuou a situar-se a sua ordem sucessora, a Ordem de Cristo.
Devido a perseguição movida aos Templários por toda a Europa e de forma exasperada em França, Portugal recusou-se a obedecer à ordem de prisão dos seus membros. Na verdade os portugueses tinham os Templários em alta conta, já que haviam ajudado nas guerras de Reconquista expulsando os mouros da Península Ibérica, e eram possuidores de grande cultura e vastos conhecimentos no que respeitava a tecnologia de locomoção terrestre e marítima, que se viria a mostrar preponderante para os desígnios de D. Dinis (1279-1325).
Assim, após a aniquilação dos Templários na maior parte da Europa, a Ordem continuou em Portugal, como Ordem de Cristo (da qual o Infante D. Henrique foi grão-mestre). Toda a hierarquia foi mantida e na cruz vermelha sobre o pano branco, símbolo templário, foi acrescida uma nova cruz branca em seu centro, simbolizando a pureza da ordem.
A Ordem de Cristo herdou todos os bens dos Templários portugueses e desempenhou um papel fulcral nos Descobrimentos. Por um lado, emprestaram recursos para a coroa portuguesa financiar o avanço marítimo, por outro, transmitiu à chamada Escola de Sagres todo o vasto conhecimento que já dispunham sobre navegação após anos singrando o Mar Mediterrâneo. Essa ligação íntima explica porque as Caravelas Portuguesas tinham suas velas pintadas com a Cruz Templária.
O último Grão-mestre Templário, Jacques de Molay, após dez anos na prisão, prestes a ser executado na fogueira em 1314, amaldiçoou seus perseguidores, convocando-os a prestar contas a Deus no prazo de um ano. A maldição dirigia-se especificamente ao rei Filipe IV, ao Papa Clemente V e a Guilherme de Nogaret, guarda do Selo Real. Os três personagens faleceram naquele prazo. Complementarmente, nenhum dos filhos de Filipe IV conseguiu manter-se no trono ou deixar descendentes, encerrando-se a Dinastia Capetiana e abrindo uma crise sucessória que mergulhou a França na Guerra dos Cem Anos.
A operação foi um sucesso e inúmeros Templários foram presos, torturados e queimados em fogueiras como hereges, mantendo a soberania da Igreja Católica no cenário político da época.
O rei Filipe tentou tomar posse dos tesouros dos templários. No entanto, quando seus homens chegaram ao porto, a frota templária já havia partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada. Os possíveis destinos dessa frota seriam Portugal, onde os templários seriam protegidos, a Inglaterra, onde poderiam se refugiar por algum tempo, e a Escócia onde também poderiam se refugiar com bastante segurança.
Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar, onde continuou a situar-se a sua ordem sucessora, a Ordem de Cristo.
Devido a perseguição movida aos Templários por toda a Europa e de forma exasperada em França, Portugal recusou-se a obedecer à ordem de prisão dos seus membros. Na verdade os portugueses tinham os Templários em alta conta, já que haviam ajudado nas guerras de Reconquista expulsando os mouros da Península Ibérica, e eram possuidores de grande cultura e vastos conhecimentos no que respeitava a tecnologia de locomoção terrestre e marítima, que se viria a mostrar preponderante para os desígnios de D. Dinis (1279-1325).
Assim, após a aniquilação dos Templários na maior parte da Europa, a Ordem continuou em Portugal, como Ordem de Cristo (da qual o Infante D. Henrique foi grão-mestre). Toda a hierarquia foi mantida e na cruz vermelha sobre o pano branco, símbolo templário, foi acrescida uma nova cruz branca em seu centro, simbolizando a pureza da ordem.
A Ordem de Cristo herdou todos os bens dos Templários portugueses e desempenhou um papel fulcral nos Descobrimentos. Por um lado, emprestaram recursos para a coroa portuguesa financiar o avanço marítimo, por outro, transmitiu à chamada Escola de Sagres todo o vasto conhecimento que já dispunham sobre navegação após anos singrando o Mar Mediterrâneo. Essa ligação íntima explica porque as Caravelas Portuguesas tinham suas velas pintadas com a Cruz Templária.
O último Grão-mestre Templário, Jacques de Molay, após dez anos na prisão, prestes a ser executado na fogueira em 1314, amaldiçoou seus perseguidores, convocando-os a prestar contas a Deus no prazo de um ano. A maldição dirigia-se especificamente ao rei Filipe IV, ao Papa Clemente V e a Guilherme de Nogaret, guarda do Selo Real. Os três personagens faleceram naquele prazo. Complementarmente, nenhum dos filhos de Filipe IV conseguiu manter-se no trono ou deixar descendentes, encerrando-se a Dinastia Capetiana e abrindo uma crise sucessória que mergulhou a França na Guerra dos Cem Anos.
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