segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Espírito da Katana


(...) Amaterasu, a deusa do sol,

gerou do mar a terra japonesa,

dando ao seu filho e representante,

o Imperador, os três símbolos sagrados:

o espelho, o colar do tesouro e a katana.

















Diz a lenda que forma e método de construção da katana do samurai foram estabelecidos no ano 700 por Amakuni. Por volta do ano 900, Yasutsuna forjava excelentes katanas, definindo um estilo padrão de qualidade que pouco mudaram desde então. É vedado tocar na lâmina da Katana com as mãos, o que nem mesmo o armeiro (mestre) fazia nas suas infinitas operações ao forjá-las.
Durante o período que vai do ano 700 até 1876, quando o imperador proíbe o porte dessas katanas, somente os samurais podiam utilizar duas delas: uma longa (katana) e uma curta (wakizashi). O uso desse par de katanas (dai-shô) era privilégio restrito dos samurais.
Submetido ao modelo que constituía a mais alta exigência de formação pessoal a que um homem se poderia propor, o samurai dispensava com sua katana longa a justiça sumária a terceiros, infractores da boa conduta, e com a espada curta aplicava-a a si próprio, como agravo a superiores ou decapitando os que vencera ou justiçara.

Ruth Benedict define bem no seu livro "O Crisântemo e a Katana", a relação entre o homem japonês e a katana:

“Assim como aquele que utiliza a katana é responsável por seu brilho refulgente, assim cada homem deverá aceitar a responsabilidade pelas consequências de seus actos... Neste sentido japonês a katana torna-se não um símbolo de agressão, mas um espelho do homem ideal e responsável (...) Conservam os japoneses, com tenacidade inabalável, a preocupação em se manterem íntegros como uma katana, sempre livres da ferrugem que a ameaça.”

sábado, 27 de junho de 2009

Enrique Bunbury - Salome



Me pides lo imposible

y yo te lo concedo

de vuelta yo te ruego asi

respondes que me olvide

Los dias pasany yo me quedo

aunque sepan tu nombre

no te conocen

Si apareces esta noche

esta noche te quedas

¿por qué a la luz me desprecias asi?

quizas a ti no te importe

Que bien amarelo que nos une

mientras pueda respirar

aqui te espero

Salomé

Salomé

Salomé

Salomé

¿Quieres que rueden cabezas?

¿Quieres buscar al infame?

¿Quieres que sea el verdugo asi?

¿Quieres que sea el culpable?

Aprendo los lazos

del instinto

Los dias a tu lado

son profesores

Salomé

Salomé

Salomé

Salomé

Mataré si debo

te ayudaré si puedo

sólo dime qué he de hacer

y si recuerdas tu sueño

dime: ¿estoy en él?

Salomé

Salomé

Salomé

Salomé

Mataré si debo

te ayudaré si puedo

sólo dime qué he de hacer

y si recuerdas tu sueño

Dime: ¿estoy en él?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O espírito do homem


O espírito do homem é como um rio que procura o mar. Represem-no e aumentarão a sua força. Não responsabilizem o homem pelas suas explosões devastadoras! Condenem antes a força da vida! O espírito que nos anima pode assumir as mais diversas formas: tornar-nos semelhantes a anjos, a demónios ou a bestas. A cada um a sua escolha. Nada barra o caminho ao homem para além das fantasmagorias dos seus medos. O mundo é a nossa casa, mas teremos ainda que a ocupar; a mulher que amamos está à nossa espera, mas não sabemos onde encontrá-la; o atalho que buscamos está sob os nossos pés, mas não o reconhecemos. Quer sejamos deste mundo por muito ou pouco tempo, os poderes por explorar são ilimitados.





Henry Miller, in "O Mundo do Sexo"

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Estrada de Fogo


Pedra a pedra a estrada antiga

sobe a colina, passa diante

de musgosos muros e desce

para nenhum sopé;


encurva, na abstracta encruzilhada;

apaga-se, na realidade.

Morre como o rastilho do fogo,

que de campo em campo aberto


seguia, e ao bater na mágica cancela

dobrava a chama, para uma respiração,

e deixava o caminho do portal

incólume e iniciado.
















Fiama Hasse Pais Brandão, in "Três Rostos - Ecos"

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ecce Homo


Sim, sei de onde venho!


Insatisfeito com a labareda


Ardo para me consumir.


Aquilo em que toco torna-se luz,


Carvão aquilo que abandono:


Sou certamente labareda.



Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"

sexta-feira, 19 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

A Armadura















Desenganos, traições, combates, sofrimentos,




Numa vida já longa acumulados, vão




— Como sobre um paul contínuos sedimentos,




Pouco a pouco envolvendo em cinza o coração.







E a cinza com o tempo atinge uma espessura




Que nem os mais cruéis desesperos abalam;




É como tenebrosa, impávida armadura




Ou couraça de bronze em que os golpes resvalam.







Impermeável da Inveja à peçonhenta bava,




Nela a Calúnia embota os seus dentes ervados;




Não há braço que possa amolgá-la, nem clava




Que nesse duro arnês se não faça em bocados.







E no entanto, através dessas rijas camadas,




Ou rompendo por entre as juntas da armadura,




Escorrem muita vez gotas ensanguentadas




Que o coração verteu dalguma chaga obscura...










António Feijó, in 'Sol de Inverno'

domingo, 14 de junho de 2009

No Más Lagrimas - Heroes del Silencio



Silencio, he oído una voz

es posible que alguien se acuerde de mí

no puedo, trágica luz

siento tus ojos oculto

sen nombres, tantos nombres

Aunque el aire no sepa que ocurre

el viento se lleva lo que acontece

Silencio, he oído un rumor

quería encontrarme un abismo

el miedo, justo a tiempo

sólo un segundo escarbando en vacío

oh, tan vacío

Aunque el aire no sepa que ocurre

el viento, te arrastrará, te arrastrará

No, no puedo oír tu voz

siempre lejana, oh tan lejana

No, no quiero oír tu voz

siempre quebrada, oh no!

No puedo dormir con esas lágrimas

goteando encima de mí

no puedo dormir con esas lágrimas

goteando encima de mí

no puedo dormir con esas lágrimas

goteando encima de mí

no puedo dormir con esas lágrimas

goteando encima de mí

uhu, uuuuhh

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Notas para uma Regra de Vida






1. Cada um de nós não tem de seu nem de real senão a sua própria individualidade.


2. Aumentar é aumentar-se.


3. Invadir a individualidade alheia é, além de contrário ao princípio fundamental, contrário (por isso mesmo também) a nós mesmos, pois invadir é sair de si, e ficamos sempre onde ganhamos (Por isso o criminoso é um débil, e o chefe um escravo.) (O verdadeiro forte é um despertador, nos outros, de energias deles. O verdadeiro mestre é um mestre de o não acompanharem.)


4. Atrair os outros a si é, ainda assim, o sinal da individualidade.






Fernando Pessoa, in 'Reflexões Pessoais'

quinta-feira, 11 de junho de 2009

LINKIN PARK - IN THE END



It starts with


One thing I don't know why


It doesn't even matter how hard you try


Keep that in mind I designed this rhyme
To explain in due time



All I know


Time is a valuable thing


Watch it fly by as the pendulum swings


Watch it count down to the end of the day


The clock ticks life away


It's so unreal


Didn't look out below


Watch the time go right out the window


Trying to hold on, but didn't even know


Or wasted it all just to watch you go



I kept everything inside


And even though I tried, it all fell apart


What it meant to me will eventually be


A memory of a time when


I tried so hard and got so far



But in the end it doesn't even matter


I had to fall to lose it all


But in the end it doesn't even matter


One thing, I don't know why


It doesn't even matter how hard you try



Keep that in mind I designed this rhyme


To remind myself how


I tried so hard


In spite of the way you were mocking me



Acting like I was part of your property


Remembering all the times you fought with me


I'm surprisedIt got so far


Things aren't the way they were before



You wouldn't even recognize me anymore


Not that you knew me back then


But it all comes back to me in the end


You kept everything inside



And even though I tried, it all fell apart


What it meant to me will eventually be


A memory of a time when


I tried so hard and got so far


But in the end it doesn't even matter



I had to fall to lose it all


But in the end it doesn't even matter


I've put my trust in you


Pushed as far as I can go


And for all this



There's only one thing you should know


I've put my trust in you


Pushed as far as I can go


And for all thisThere's only one thing you should know



I tried so hard and got so far


But in the end it doesn't even matter


I had to fall to lose it all


But in the end it doesn't even matter

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Caminho da Felicidade


Um sábio perguntava a um louco qual era o caminho da felicidade. O louco respondeu-lhe imediatamente, como alguém a quem se pergunta o caminho da cidade vizinha: «Admira-te a ti mesmo e vive na rua». «Alto lá», exclamou o sábio, «pedes demais, basta já que nos admiremos!» E o louco respondeu logo: «Mas como admirar sem cessar se não nos desprezarmos constantemente?»



Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"

segunda-feira, 8 de junho de 2009

domingo, 7 de junho de 2009

sábado, 6 de junho de 2009

LIBERDADE



"A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida."



Miguel de Cervantes in "Dom Quixote"

terça-feira, 2 de junho de 2009

WHO AM I ???

A minha foto
Wait until the war is over And we're both a little older The unknown soldier