sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mitologia - Heróis *Agamemnon*


Personagem histórica que a tradição cercou de lendas, Agamemnon figura na Ilíada, de Homero, como um soldado valoroso, digno e austero.

Atreu, o pai de Agamemnon, foi assassinado por Egisto, o qual se apoderou do trono de Argos governando conjuntamente com o seu pai Tiestes. Durante este período, Agamemnon e Menelau, filhos de Atreu e Aérope, procuraram refúgio em Esparta, onde após algum tempo lá passado desposaram as filhas do próprio rei, Clitemnestra e Helena.
Agamemnon e Clitemnestra tiveram então quatro filhos: três filhas, Efigénia, Electra, Crisotêmis e um filho, Orestes.
Menelau herdou o trono de Esparta, enquanto Agamemnon, com a ajuda do irmão, expulsou Egisto e Tiestes para recuperar o reino do seu pai, tornando-se rei de Micenas no chamado período heróico da história grega. Ao alargar os seus domínios pela conquista tornou-se o rei mais poderoso da Grécia, contudo, a história da família de Agamemnon, reportando-nos até ao lendário rei Pélope, tinha sido manchada por violação, assassínio, incesto e traição. Donde os gregos acreditavam, por causa deste passado violento, existir uma “nuvem infortúnios” a pairar sobre a inteira Casa de Atreu.
Quando Páris, filho do rei de Tróia, raptou Helena, Agamenon recorreu aos príncipes da Grécia para formar uma expedição de vingança contra os troianos. No porto de Áulis, um porto na Beócia, sob a sua chefia suprema, Agamenon, reuniu uma frota de mais de mil navios e um enorme exército.
Infortúnios, incluindo uma praga e falta de vento, impediram este colossal exército de zarpar, pois Ártemis, deusa da caça, estava enfurecida com Agamemnon por este ter abatido um cervo num dos seus bosques sagrados, e foi o adivinho Calcas que anunciou que a ira da deusa apenas podia ser refreada com o sacrifício de Efigénia (filha mais velha de Agamemnon).
Desta forma para aplacar a deusa e o próprio exército que se tornava dia após dia mais impaciente, deu inicio ao ritual de sacrifício da sua filha, porém, Ártemis aplacou-se e aceitou um veado no lugar de Efigénia, contudo levou-a consigo para Táurida, na Crimeia.
A frota pode então partir com ventos favoráveis e durante nove anos os gregos sitiaram Tróia, tendo sofrido pesadas baixas. Embora não igual a Aquiles em bravura, Agamemnon era um representante digno da autoridade real.
Como comandante supremo, convocou os príncipes para a assembleia e conduziu o exército grego na batalha, lutando ferozmente e realizando muitos feitos heróicos, até ser ferido e ser forçado a voltar para a sua tenda. A sua falha principal era a sua arrogância vaidosa. Uma opinião demasiado exaltada da sua posição fê-lo insultar Crises e Aquiles, lançando grande infortúnio sobre os gregos. Pois, no décimo ano, Agamemnon despertou a cólera de Aquiles, rei dos mirmidões, ao tomar-lhe a escrava Briseida.
Aquiles retirou-se com seus soldados e só quando Heitor, príncipe troiano, matou o seu amigo e primo Pátroclo, consentiu em voltar à luta, o que veio a resultar num elevar da moral das tropas gregas culminando a guerra com o engodo de Ulisses e a queda de Tróia.
Após a tomada de Tróia, Cassandra, princesa de Tróia (filha do rei troiano Príamo) e profetisa condenada, foi sorteada e ficou pertença de Agamemnon na distribuição dos espólios de guerra, a qual o alertou em vão para não retornar à Grécia.
Durante a ausência de Agamemnon, Clitemnestra, envolvera-se com Egisto e inconformada com a perda da filha, engendrara a sua morte com o amante. Assim, quando o marido saía do banho, atirou-lhe um manto sobre a cabeça e Egisto assassinou-o, matando também os seus companheiros e Cassandra.
Orestes, filho mais velho de Agamenon, com a ajuda da irmã, Electra, vingou o crime, matando a mãe e Egisto.

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