(Oda Vs Takeda)
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O “Período da Nação em Guerra” (戦国時代, sengoku jidai) foi uma época marcada por sublevações populares, intriga política e de um permanente conflito militar no Japão, o qual foi compreendido entre meados do séc. XV e início do Séc. XVII.
Apesar do Shogunato de Ashikaga ter mantido a estrutura do Kamakura (( em Japonês, 鎌倉幕府, Kamakura Bakufu (Shogunato)) período feudal de ditadura militar encabeçada por um Shogun estabelecida entre 1185 até 1333 na cidade (capital do Shogunato) de Kamakura, retirando o movimento daí o seu nome. Contudo, de 1203 para a frente, a família da esposa do primeiro Shogun Yoritomo, a família ou clã Hojo, foi a que deteve o controlo efectivo da nação com o titulo Shikken (Regente), criando uma corte em que os seus representantes eram todos da familia Hojo tomando as decisões) e ter instituído um governo guerreiro baseado nos mesmos princípios de direitos e deveres sociais e económicos, estabelecidos por Hojo com o seu Código Jōei em 1232, este falhou redondamente ao não conseguir ganhar a lealdade de muitos Daimyos (Senhores Feudais), especialmente daqueles cujos domínios se encontravam afastados da capital Kyoto.
Assim à medida que o comércio com a China crescia, a economia crescia e a utilização do dinheiro se tornou comum também os mercados floresceram e as cidades imergiram. Esta conjuntura associada ao desenvolvimento da agricultura e ao acréscimo do pequeno comércio originou o interesse de uma maior autonomia local transversal a todos os níveis da hierarquia social. Tal como no inicio do séc. XV, o sofrimento e a miséria causados por desastres naturais, tais como, terramotos e fracas colheitas, serviam muitas vezes para desencadear levantamentos armados pelos agricultores endividados pelos impostos em falta, também o período Sengoku consistiu em diferentes momentos de afastamento e fusão entre os inúmeros senhores que guerreavam pelos seus territórios e alargamento dos mesmos, bem como a sua influência.
A Guerra de Onin (1467-1477), foi o conflito que teve como base uma conjuntura difícil no âmbito económico e originou por seu turno uma disputa na sucessão do Shogunato, sendo vista como o deflagrar do período Sengoku-Jidai. Esta guerra foi travada entre o exército de Este pertencente a família Hosokawa e seus aliados, os quais se embateram com o exército de Oeste encabeçado pela família Yamana, lutando ao redor de Kyoto durante cerca de onze anos, após o que se alastrou para as outras províncias.
Apesar do Shogunato de Ashikaga ter mantido a estrutura do Kamakura (( em Japonês, 鎌倉幕府, Kamakura Bakufu (Shogunato)) período feudal de ditadura militar encabeçada por um Shogun estabelecida entre 1185 até 1333 na cidade (capital do Shogunato) de Kamakura, retirando o movimento daí o seu nome. Contudo, de 1203 para a frente, a família da esposa do primeiro Shogun Yoritomo, a família ou clã Hojo, foi a que deteve o controlo efectivo da nação com o titulo Shikken (Regente), criando uma corte em que os seus representantes eram todos da familia Hojo tomando as decisões) e ter instituído um governo guerreiro baseado nos mesmos princípios de direitos e deveres sociais e económicos, estabelecidos por Hojo com o seu Código Jōei em 1232, este falhou redondamente ao não conseguir ganhar a lealdade de muitos Daimyos (Senhores Feudais), especialmente daqueles cujos domínios se encontravam afastados da capital Kyoto.
Assim à medida que o comércio com a China crescia, a economia crescia e a utilização do dinheiro se tornou comum também os mercados floresceram e as cidades imergiram. Esta conjuntura associada ao desenvolvimento da agricultura e ao acréscimo do pequeno comércio originou o interesse de uma maior autonomia local transversal a todos os níveis da hierarquia social. Tal como no inicio do séc. XV, o sofrimento e a miséria causados por desastres naturais, tais como, terramotos e fracas colheitas, serviam muitas vezes para desencadear levantamentos armados pelos agricultores endividados pelos impostos em falta, também o período Sengoku consistiu em diferentes momentos de afastamento e fusão entre os inúmeros senhores que guerreavam pelos seus territórios e alargamento dos mesmos, bem como a sua influência.
A Guerra de Onin (1467-1477), foi o conflito que teve como base uma conjuntura difícil no âmbito económico e originou por seu turno uma disputa na sucessão do Shogunato, sendo vista como o deflagrar do período Sengoku-Jidai. Esta guerra foi travada entre o exército de Este pertencente a família Hosokawa e seus aliados, os quais se embateram com o exército de Oeste encabeçado pela família Yamana, lutando ao redor de Kyoto durante cerca de onze anos, após o que se alastrou para as outras províncias.
Gekokujo
Estas sublevações resultaram num maior enfraquecimento da autoridade central e por todo o Japão, senhores feudais (Daimyos), surgiram para preencher este vazio. Neste período de mudança de poderes famílias bem estabelecidas tais como a Takeda e a Imagawa, as quais haviam servido debaixo da alçada de Kamakura e Muromachi Bakafu, foram capazes de expandir as suas esferas de influência.
Contudo, existiram noutros casos, famílias de menor valor que emergiram usurpando poderes das famílias debaixo as quais se mantinham ao serviço, uma vez que demonstraram maiores capacidades de liderança e determinação. Este fenómeno de ascensão por mérito, no qual subordinados mais capazes rejeitaram o Status Quo vigente e conseguiram através de feitos militares abraçar o estatuto aristocrático, ficou conhecido como Gekokujo (下克上), que literalmente significa “o servidor conquista o seu Senhor”. Uma das primeiras constatações deste facto foi o de Hojo Soun, sendo de origem relativamente humilde conseguiu ganhar poder na província de Izu em 1493.
Tendo por base este feito de Soun, a família Hojo tornou-se uma grande potência na região de Kanto até a sua subjugação por Toyotomi Hideyoshi já no final do período Sengoku.
Outros casos notáveis deste fenómeno Gekokujo incluem a suplantação dos Hosakawa pelos Miyoshi, dos Shiba pelos Oda e dos Toki pelos Saito.
Por esta altura também grupos religiosos bem organizados ganharam poder politico ao conseguirem unir os agricultores de forma a resistirem e a revoltarem-se contra o poder do Daimyo. Sendo o melhor exemplo desta situação os monges da Seita Budista da Verdadeiramente Pura Terra, os quais formaram numerosos ikko-ikki ((一向一揆, Ikkō-ikki) significava literalmente, União de gentes simples), na província de Kaga tendo permanecido independentes durante cerca de cem anos.
A Unificação
Cerca de um século e meio de instabilidade política e militar, o Japão esteve no limiar da unificação através de Oda Nobunaga, o qual surgiu da obscuridade na província de Owari (Município de Aichi, hoje em dia) para dominar todo o centro do Japão, até que em 1582 foi assassinado vítima de traição de um dos seus generais, Akechi Mitsuhide.
Esta situação foi motivo para que Toyotomi Hideyoshi (que tinha subido a pulso na hierarquia de ashigaru (soldado de infantaria) até se ter tornado num dos generais de confiança de Oda Nobunaga), a visse como oportunidade para se intitular a si próprio como sucessor do seu antigo senhor.
Hideyoshi acabou assim por vingar a morte de Nobunaga vencendo Mitsuhide e consolidou o seu controlo sobre os restantes Daimyos, e apesar de ser considerado inelegível para o título de Seii Taishogun ou Shogun (Shogun, 将軍, é um titulo militar e histórico no Japão. A palavra Japonesa para general é composta por dois Kanji, sho que significa comandante, general ou almirante e gun que significa exército, tropas ou militares) por causa do seu nascimento, governou como Kampaku ((関白 Kanpaku) era teoricamente uma espécie de conselheiro chefe para o Imperador, mas na realidade era o titulo para o Primeiro Secretário e Regente que assistiam a um Imperador adulto).
Quando, em 1598, Hideyoshi morreu sem deixar um sucessor capaz o país encontrou-se novamente numa tempestade política, e nesta altura foi Tokugawa Ieyasu quem tirou vantagem da oportunidade.Hideyoshi tinha no seu leito de morte enumerado um grupo de senhores todo-poderosos no Japão – Tokugawa, Maeda, Ukita, Uesugi e Mori – para governarem como o Conselho dos Cinco Regentes até que os eu filho Hideyori atingisse a maioridade. Uma difícil paz foi conseguida e mantida até a morte de Maeda Toshiie em 1599, após a qual Ishida Mitsunari acusou Ieyasu de ser desleal para com o nome dos Toyotomi, precipitando uma crise que levou a batalha de Sekigahara. Esta batalha é vista como o ultimo maior conflito do Sengoku-Jidai, em que a vitoria de Tokugawa em Sekigahara veio por fim ao reinado da família Toyotomi. Três anos volvidos sobre esta batalha, Ieyasu Tokugawa foi empossado do título de Seii Taishogun e estabeleceu o Shogunato final do Japão, o qual durou até a Restauração Meiji em 1868.
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